FABIANO FORESTI: PORTFÓLIO.

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O espírito de um artista da fome.


[...] Ninguém estava em situação de poder passar, ininterruptamente, dias e noites como vigilante junto ao jejuador; ninguém, portanto podia saber por experiência própria se realmente havia jejuado sem interrupção e sem falta; apenas o jejuador poderia sabê-lo, já que ele era ao mesmo tempo um espectador de sua fome completamente satisfeito. Ainda que por outro motivo tampouco o estava nunca. Porventura não era o jejum a causa de seu enfraquecimento tão atroz que muitos, com grande pena, tinham de se abster de frequentar as exibições por não poder sofrer sua vista; talvez sua esquelética magreza proviesse de seu descontentamento consigo mesmo. Somente ele sabia - somente ele e nenhum de seus adeptos - que coisa fácil era o jejum. Era a coisa mais fácil do mundo. Verdade que não escondia isso, mas não lhe acreditavam; no caso mais favorável, julgavam-no modesto, mas em geral julgavam que ele estava querendo aparecer, ou era um vil farsante para quem o jejum era coisa fácil porque sabia a maneira de torná-lo fácil, e que teria além disso o cinismo de deixá-lo entrever.[...]


[KAFKA, Franz. Um artista da fome.]






































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